segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Sal e a História

O sal foi provavelmente, desde o princípio dos tempos, o primeiro mineral utilizado conscientemente pelo homem como suplemento alimentar. A crescente necessidade e preocupação do homem para manter os alimentos em bom estado levou-o a perceber que o uso do sal, era um dos métodos.

Cerca de 2.700 A.C. foi publicado na China o “Peng-Tzao-Kam-Um”, o mais antigo tratado sobre farmacologia onde refere mais de 40 tipos de sal e descreve dois métodos para a sua extracção e transformação e que são espantosamente semelhantes aos utilizados nos nossos dias.

Há registos de produção de sal nas artes Egípcias que datam de 1.450 A.C., onde o sal era utilizado nas técnicas de preservação das múmias. Nos locais onde o sal era escasso este era trocado por ouro, noivas ou escravos. Na Grécia antiga trocavam escravos por sal, de onde surgiu a frase “não vale o seu sal”.

A maior avenida de Roma, Via Salaria, era utilizada para o transporte de sal desde as salinas de Ostia no Rio Tibre. Rações de sal era fornecidas aos soldados e eram conhecidas por “salarium argentum” de onde surgiu a palavra salário (Le Foll, 1997; Ferreira da Silva, 1966).

                         Fig.1 - Mosaico encontrado nas ruínas de Milreu, datados do séc.III

O sal começou a ter uma importância vital desde muito cedo, contribuindo para o enriquecimento e o progresso das nações que o comercializavam. Contudo o “ouro branco”, como lhe chamavam antigamente, era raro e caro e levou também a guerras e conflitos. A França sempre foi um grande produtor de sal, e a “gabelle”, taxa do sal, foi uma das causas que desencadearam a Revolução Francesa. Gandhi liderou milhares de indianos a provar que o sal marinho pertencia a todos e não era apenas uma mercadoria britânica (Le Foll, 1997).

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