Ao longo do tempo, o sector do sal atravessou várias crises que se deveram a políticas desfavoráveis e a crises económicas internacionais, que provocaram a falência das indústrias conserveiras. Contudo, nos anos 70, assistiu-se ao declínio acentuado da actividade em que muitas das unidades tradicionais deram lugar a aquaculturas e a explorações mecanizadas. Esse declínio deveu-se essencialmente a:
- o aumento dos custos de produção, em particular de mão de obra;
- as transformações de processos tecnológicos em unidades de indústrias químicas e da pesca, que conduziram a um decréscimo significativo na procure de matéria-prima – sal;
- os mecanismos económicos internacionais, consubstanciado nomeadamente na liberalização dos mercados e no desarmamento pautal;
- as alterações estruturais na sociedade portuguesa, reflectivas em aproveitamentos alternativos mais compensadores de áreas salineiras e no desenvolvimento de muitas actividades mais atractivas e remuneradoras de mão-de-obra;
- a crescente desvalorização do sal, no nosso País, face à concorrência de oferta internacional.
A esta tendência resistiu um pequeno núcleo de produtores, sedeados em Castro Marim (cerca de 8), Tavira e Olhão (2 a 3), que se regiam pela “paixão pelo sal”, pelo apego ao território, por um trabalho feito a ritmo próprio e pela subsistência sem patrão.
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